Você é feliz? Você ama a sua vida, o seu trabalho? Se você morresse amanhã, morreria feliz? Estaria satisfeito com a vida que escolheu viver? Pergunto porque para mim é muito claro:
nós escolhemos ser felizes ou não.
Quando nascemos assinamos um contrato com o Universo, com a Força Maior, com Deus, com o Destino, ou seja lá no que você acredita, e como costuma chamar. Nesse contrato está escrito que aceitamos tudo e qualquer coisa que acontecer conosco nesta vida.
Não, você não tem o poder de contestar nada no momento que nasce, então, simplesmente, aceita. Aceita porque ainda não é capaz de pensar por si próprio, de tomar decisões, de raciocinar e chegar à conclusão do que é melhor para você, do que realmente quer.
Bom, e o que acontece? Você vive em função e baseado nesse contrato que assinou, respeitando suas cláusulas e cumprindo os seus deveres.
Até que chega um momento em que você começa a se questionar, duvidar da vida que leva, das escolhas que fez, da sua própria realidade. Se pergunta o porquê das coisas serem como são.
Por que muitos têm pouco e poucos têm tudo? Por que tudo parece ser tão difícil? Por que a sua vida é desse jeito e não de outro? Por que existe tanta injustiça? Por que tanta gente parece não se importar? Por que…
Nossa, são tantos por quês… E aí, você se pergunta, e eu?
Quando eu vou ser feliz? Quando eu vou ter tudo o que quero?
Dizem que eu tenho que me esforçar, a tal da meritocracia, né?
Mas eu me esforço e nada muda, eu não aguento mais…
Estou falando com você que se fez essas e muitas outras perguntas, mas também com você, que não se questionou, mas sente que algo está errado, que acorda sem muita vontade de viver, que aperta o botão da soneca, porque prefere ficar na cama, dormir mais um pouco. Afinal, a vida parece menos complicada e fácil de se viver enquanto estamos dormindo, né?
E agora lhe pergunto: e isso, tá certo?
Sempre me perguntei o que deveria se passar pela cabeça de uma pessoa que comete suicídio, que escolhe não viver mais… Pensava: “Ela realmente deveria estar em um lugar muito sombrio, porque é preciso ter muita coragem para escolher não viver mais”.
Bom, pensava isso até eu mesma começar a pensar em me suicidar, daí cheguei a conclusão de que, quem tem coragem é quem escolhe viver, quem escolhe acordar todos os dias e encarar a bruta realidade que é a vida, que é esse contrato que a gente assina sei lá com quem, sei lá por quê.
E aí, me perguntei, e agora, o que eu faço?
Agora, eu vou ser feliz, ora! Essa é a única vida que tenho, ao menos, a única que tenho para ser essa pessoa que sou agora, não sei quem assinou aquele contrato, mas tenho certeza, não fui eu!
Então, Deus, Universo, Destino, Força Maior, ou Homem, é, Homem.
Foda-se, você e o seu contrato!
Não vou viver essa vida que você escolheu para mim, que tenho que me contentar com menos do que mereço, mereço não, QUERO (pra ontem, na minha mesa!).
Você acha que só porque tem mandado nesse pedaço de terra, que nasci, há muito tempo que isso lhe dá o direito de pisar em mim e nas outras pessoas, de nos roubar e ficar por isso mesmo, de tentar me convencer que justiça é um cara roubar e matar milhares de pessoas e continuar solto, e que quem tem que ficar preso somos nós?
Não, não sei se era isso que eles tinham em mente quando pensaram em uma forma de nos organizarmos e vivermos em sociedade, só sei que tá uma bosta e para mim já basta.
“quem tem coragem é quem escolhe viver, quem escolhe acordar todos os dias e encarar a bruta realidade que é a vida”
é isso! adoro quando me falam “sabe viver” sei mesmo hahaha e você também ❤
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Achei boa ideia do contrato. Concordo que tenha algo que esteja além da nossa vontade e causa efeitos na gente… Só não acho que seja Deus , natureza…
E sobre o lance de aceitar, me lembrou algo que tô estudando e pensando a respeito do tempo. Aceitar pois não é capaz de chegar a conclusão e eu acrescentaria um e por isso não vê. Talvez a gente só veja se concluir antes. Um “ah então terá sido isso”. O não fui eu do texto, talvez um momento de ver só depois de concluir que não se reconhece mais ali onde se era. O que você acha?
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Vamos por partes, então:
1. Também não acho que seja, no final volto pra isso e mudo, coloco como sendo o “Homem”.
2. Sim sim, seria uma boa acrescentar o que você disse!
3. Sim, o momento do “não fui eu” representa o meu não reconhecimento com esse “contrato” o qual estava vivendo em função e não havia me dado conta. Não escrevi o texto pensando em deixar tudo muito claro, sabe? Poderia ter me estendido muito, mas hoje em dia é tão difícil as pessoas pararem para ler algo. Me considero parte de um pequeno grupo de pessoas que gostam dos textões na legenda do Instagram e de refletir e debater sobre tudo.
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Escrevi esse texto durante um momento pessoal muito precioso, consegui olhar pro abismo e ser encarada por ele e não me perder no meio disso.
No texto, o “Homem” pode ser interpretado como sendo a nossa espécie no geral. A raça humana evoluiu e encontrou formas de se organizar e viver em sociedade, durante milhares de anos passamos por transformações físicas e mentais. Deixando para trás hábitos, costumes, órgãos, ferramentas e muitas outras coisas que não nos “serviam” mais, eliminamos tudo o que era extra, que não parecia mais necessário para a nossa sobrevivência.
Mas ao meu ver, algumas coisas imprescindíveis também foram perdidas, pequenas partes que acredito que sejam as melhores partes da nossa espécie. Mas não nos demos conta, ou poucos se deram conta disso, e aos poucos as pessoas estão dando conta dessa perda, “despertando”.
Acho que um grande despertar precisa ocorrer, para a raça humana evoluir, ou para simplesmente vivermos melhor. Quem não conseguir enxergar isso vai sofrer muito, vai continuar vivendo a vida de forma rasa, vai sofrer muito mais do que o necessário.
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